terça-feira, 2 de maio de 2017

Ayrton Senna Do BRASIL!!! 23 anos de saudades

Fala galera cá estou aqui de volta p o ara mais uma postagem nesse blog hoje num dia tão especial quanto trágico dia 1º de Maio que é o dia do Trabalho uma justa data para com aqueles com o seu suor e sua dedicação fazem esse Brasil grande de meu Deus andar para frente, mas para quem acompanha a Fórmula 1 é um dia em que nada se tem para comemorar, pois nesse dia há exatos 23 anos o Brasil perdia aquele que desde Pelé foi seu maior ídolo o seu nome: Ayrton Senna da Silva o Ayrton Senna do Brasil!!!


Vejam a ficha completa dele


 Ayrton Senna aquele que ultrapassou a barreira dos ídolos e se tornou o MITO!!!



Nome Completo: Ayrton Senna da Silva

Data de Nascimento: 21 de Março de 1960 (São Paulo-SP)

Data de Falecimento: 1º de Maio de 1994 (Bolonha região de Emília-Romanha) (Itália)

Estado Civil: Divorciado 

Temporadas na Fórmula 1: 11 (1984-1994)

Equipes: Toleman-Hart (1984), Lotus-Renault (de 1985 a 1987), Lotus-Honda (1987), McLaren-Honda (de 1988 a 1992), McLaren-Ford (1993) e Williams-Renault (1994)

GPS Disputados: 162 (161 Largadas)

Vitórias: 41 

Pole Positions: 65

Pódios: 80

Voltas mais Rápidas: 19

Títulos Mundias: 3 (1988,1990 e 1991) (todos na McLaren)

Pontos: 614 (610 com descartes)

Ayrton Senna nasceu no bairro de Santana na Zona Norte paulistana, mas foi criado em outro bairro também da Zona Norte o dos Jardins seu pai Milton era um entusiasta do automobilismo e com o incentivo dele Ayrton aos 4 anos ganhou seu primeiro kart com motor tirado de uma máquina de cortar grama e aos 9 já pilotava jipes da família nas estradas das fazendas da família no interior paulista.

Dá pra imaginar que esse gurizinho da foto se tornaria o maior piloto de todos os tempos?!?


Aos 13 anos começou no Kart sendo várias vezes segundo colocado, mas em 1977 levou seu primeiro título na categoria, o Sul-Americano (sendo bi em 1978 e tri em 1980) também em 1977,1978 e 1980 ele papou o Brasileiro, mas durante sua passagem na categoria ele não conseguiu o Paulista e para sua maior frustração o Mundial de Kart (em 1979 na primeira tentativa foi punido numa das baterias porque seu escapamento estava com 0,5 decibel acima do permitido e na segunda em 1980 terminou empatado com o campeão perdendo nos critérios de desempate) era chegada de abrir novos horizontes e ele foi de mala e cuia para a Inglaterra.

Chegando lá ele já era um rapaz de 21 anos (isso foi em 1981) e os títulos não demoraram para aparecer logo de cara era campeão da Fórmula Ford 1600 inglesa (das 20 corridas venceu 12) 

O sorriso de quem chegou chegando (reparem que ainda estava como Ayrton da Silva)

Em 1982 matou dois coelhos em uma cajadada só levou os campeonatos europeu e inglês de Fórmula Ford 2000 (das 27 corridas simplesmente ele ganhou nada mais, nada menos que 22) e então chega 1983 e ele arrasa na Fórmula 3 inglesa durante o ano ele trava uma luta acirrada com o queridinho local Martin Brundle (das 21 corridas daquele ano ele faturou 9 sendo 6 consecutivas) e no fim do mesmo ano vem o teste para a Williams em Donnington Park e por conta das tantas vitórias em Silverstone a imprensa inglesa chegou a rebatizar o circuito para Silvastone (na época ele era Ayrton da Silva e a partir de então adota o Senna nome de solteira de sua mãe dona Neide devido ao fato de Silva ser um nome comum no Brasil)

O seu primeiro contato com a Fórmula 1

Ainda em 1983 ele desperta a atenção de quatro equipes: Williams (que depois como prêmio pelo seu título conquistado na Fórmula 3 inglesa o convidou a dirigir um dos seus carros), McLaren (onde depois teria seu auge na categoria), Brabham (onde também corria Nelson Piquet) e Toleman é a partir daí que começa uma desavença com Piquet pois na época em uma entrevista Senna disse que Piquet: "não ajudou, nem atrapalhou" (Senna se sentiu preterido por Piquet na época, mas a Brabham tinha o patrocínio da Parmalat (empresa italiana de laticínios) estava mais interessada em ter um piloto local que dois brasileiros e o escolhido foi Teo Fabi) então a Toleman foi a única que se dignou a lhe oferecer um carro para correr e lá foi ele


O début na categoria-mor



Vem 1984 e Ayrton chega a categoria máxima do automobilismo na primeira corrida em Jacarepaguá abandona na oitava volta com problemas no motor turbo, mas na segunda no circuito de Kyalami na África do Sul ele consegue o seu primeiro ponto na categoria e também o primeiro grande susto: no fim da corrida ele não saia do carro já que o esforço fora muito grande e ele ainda não estava acostumado com isso e ele teve que ficar por um tempo internado no centro médico do circuito se recuperando e então ele resolve fazer todo um procedimento físico para poder pilotar sem problemas) vem o GP da Bélgica em Zolder e de novo mais um pontinho (seu segundo) e na semana seguinte um fato que chega ser irônico: não se qualifica para o GP de San Marino (pela primeira e única vez em sua carreira) chega o GP de Mônaco e lá ele debaixo de tempestade faz o seu show particular e sobe pela primeira vez ao pódio

 Ali ele mostrava sua perícia na chuva

Senna em Mônaco também sentiu pela primeira vez a força da politicagem na Fórmula 1, após sair de 13º para segundo vinha ameaçando Alain Prost que liderava a corrida na sua McLaren-TAG, mas o temporal apertou e a corrida terminou antes da metade por conta da falta de segurança de correr naquelas condições e Ayrton que chegou a comemorar quando ultrapassou Prost na hora da bandeira quadriculada teve que se contentar com a segunda posição (já que se contava a volta anterior e como a corrida foi terminada antes da metade os pontos foram também atribuídos a metade e por essa metade Niki Lauda por 0,5 ponto vence o campeonato daquele ano) Senna ainda subiria mais duas vezes ao pódio no GP da Inglaterra em Brands-Hatch e no GP de Portugal no Estoril e no GP da Itália a equipe o suspende de correr por ele ter assinado com a Lotus sem avisar a direção da equipe assim ele termina em 9º lugar empatado com Nigel Mansell.

Em 1985 ano-novo e equipe nova a Lotus-Renault e na segunda corrida ela vem: a vitória e do jeito que ele mais gostava: na chuva GP de Portugal (segunda corrida do ano) no dia 21 de Abril, mas a alegria da manhã a noite virou tristeza com a morte do presidente eleito Tancredo Neves Ayrton também venceria o GP da Bélgica em Spa-Francochamps (pista que ele a considerava sua favorita) e termina o campeonato na 4ª posição com 38 pontos e é nessa temporada que ele começa a ser chamado de "Rei da pole" já que o motor Renault de treinos da sua Lotus era muito potente.

Em 1986 ele ganha os Grandes Prêmios da Espanha em Jerez de la Frontera (que pela primeira vez o põe na ponta do campeonato) e dos Estados Unidos em Detroit (essa última pela primeira vez ele comemora com a bandeira brasileira levantada, gesto que ele repetiria nos anos seguintes) e no campeonato de novo ele fica em 4º lugar dessa vez com 55 pontos.

Chega 1987 e a Lotus muda de motor sai a francesa Renault e entra a japonesa Honda e com ela Senna faria a sua mais duradoura parceria e ganha de novo duas corridas: Mônaco (onde iria vencer mais cinco vezes e se tornar o recordista de vitórias do circuito) e Detroit (pela segunda vez seguida) e no campeonato ele finaliza em 3º com 57 pontos e a McLaren resolve apostar nele e o contrata para 1988

Em 1988 a McLaren-Honda assombra o mundo vendo 15 das 16 corridas daquele ano (só não venceu o GP da Itália vencido pela Ferrari para delírio dos tifosi) e Senna no GP do Japão finalmente é campeão mundial 

 O grande dia finalmente chegou!!!


Em 1989 a rivalidade Senna x Prost que já tinha tido um ensaio em 1988 enfim aflora tudo começa no GP de San Marino: os dois pilotos tinham acordado que quando um dos dois saísse na frente não seria atacado pelo outro, mas nesse GP Gerhard Berger da Ferrari bate na curva Tamburello e seu carro se incendeia assim sendo provoca uma nova largada Ayrton pensou que o acordo não valeria por já ter havido uma largada e assim sendo ela passa Alain pouco depois dessa nova largada e isso deixa o francês profundamente magoado, mas a vingança vem no Japão


Um ato irresponsável e anti-desportivo


Senna vinha se aproximando de Prost para efetuar a ultrapassagem e assumir a ponta (ele precisava vencer a corrida para levar a decisão para a Austrália a última corrida do ano), mas Alain de forma abrupta muda a direção e os dois se tocam na chicane Casio Triangle, esperto Prost sai do carro, abandonando a corrida e sendo assim fica com o título nas mãos Senna corta caminho para no fim da volta ir aos boxes (o toque o deixou sem o bico dianteiro) depois ele no mesmo ponto ultrapassa o italiano Alessandro Nanini e chega a receber a quadriculada em primeiro, mas então Jean-Marie Ballestre presidente da FISA o desclassifica e assim dá o título para seu compatriota Alain Prost Senna irritado pensa em se aposentar, mas decide a contragosto correr em 1990

Em 1990 Senna ganha um novo companheiro de equipe: Gerhard Berger e mais do que isso um amigo para toda a vida (Prost segue para a Ferrari) e no mesmo GP do Japão outra manobra arbitraria: o lado do pole position é mudado para dentro (aonde há sujeira) e Senna (que voltava a disputar o título com Prost) resolve se vingar

Aqui se faz, aqui se paga

Após na largada perder a liderança ele joga seu carro na roda traseira da Ferrari do francês e os dois vão pra terra ai a tensão se espalha e a decisão tomada é seguir com a corrida normalmente sendo assim Ayrton Senna é bi-campeão mundial.

Em 1991 o rival é outro Nigel Mansell da Williams e de novo a decisão é em Suzuka, mas o leão se complica na 17ª volta passa reto na curva e sua corrida e o campeonato terminam ali mesmo

Fiscal: tem problema não leão quem sabe ano que vem né?!?

Então em 1992 a Williams estreou sua suspensão ativa e atropelou a concorrência e Nigel Mansell conseguiu seu tão sonhado título já Senna ficou na quarta posição, mas com três vitórias:Mônaco, Hungria e Itália 

Por conta da saída da Honda da Fórmula 1 e após um ano em que muito sofreu e pouco comemorou Ayrton chegou ao fim de 1992 sem estar contratado por equipe nenhuma eis que ele tenta uma vaga na Williams, mas sir Frank Williams tira Alain Prost de suas férias e o contrata e assim Senna perde sua vaga no "carro de outro planeta" nas palavras dele próprio (os contratos que Prost assinou depois que saiu da McLaren tinha uma clausula contratual que impedia a equipe de contratar Senna como companheiro de equipe) e a McLaren outrora poderosa foi bater na porta da Ford, mas como um cliente comum (ela fornecia motores para a Benetton que era cliente preferencial) (antes tentou a Renault,mas Ron Dennis levou um sonoro: NÃO) e assim sendo a Ford a disponibilizou motores antigos que para McLaren daria nem uma meia sola, mas tentaria contrabalançar com tecnologia e sofisticação Senna é convencido, mas assina só para a primeira corrida (GP da África do Sul) para ver se a McLaren podia competir em pé de igualdade com os Williams (no fim ele foi o segundo colocado) depois da corrida ele viu que as coisas não mudariam apesar do grande potencial do carro e o que ele fez?!? resolveu assinar por corrida (isso mesmo a McLaren tinha que depositar a grana uma semana antes da corrida pro Senna ir correr) e é quando ele faz jus a um apelido dado pela imprensa estrangeira: Magic Senna (Senna Mágico) a personificação se inicia no GP do Brasil 

 Naquela altura ele não era mais o piloto era o Deus 

Parecia que tudo daria certo para a Williams o que eles não contavam era que viria a chuva traiçoeira e ardilosa Prost líder disparado resolve retardar a troca para ganhar uns segundinhos a mais (a chuva começava a cair), mas se a chuva era a grande virtude de Senna era o maior defeito de Prost e a decisão dele retardar a freada custou caro, com a pista já molhada no S do Senna ele bate na Minardi de Christian Fittipaldi que estava parada ali fazia uma volta, fim de corrida para o Professor (que nessa virou aluno da turma do fundão) e a chance para a vitória de Senna aparece e ele a agarra quando ultrapassa Damon Hill que saía dos boxes quando trocou os pneus de chuva pelos slicks (a chuva tinha passado e a pista secado quase toda) e aí foi segurar a ponta até o fim e como vocês poderão ver no vídeo acima foi o começo da festa da torcida que abriu a cerca e foi pessoalmente recepcionar o seu Deus o seu MITO em algo que só encontrou paralelo no GP da Inglaterra de 1987 quando Nigel Mansell foi cercado por torcedores após sua vitória (a diferença foi que no caso do leão o carro tinha parado por falta de gasolina), mas é no GP seguinte o GP da Europa no circuito de Donnington Park que Senna fez jus tanto ao apelido de Magic Senna quanto ao de "rei da chuva" 


A volta perfeita, coisa que só um gênio supremo pode fazer


Domingo dia 11 de abril de 1993 circuito de Donnington Park, condado de Leicestershire, Inglaterra era a primeira (e posteriormente única) vez que o circuito sediaria uma corrida de Fórmula 1 Ayrton acordou naquele domingo cinzento e chuvoso pensando no que fazer para sair da incômoda 4ª posição no grid na largada a coisa pareceu piorar já que ele foi ultrapassado por Michael Schumacher, mas imediatamente a recuperou e debaixo de chuva levando spray na viseira ele não se intimidou foi pra cima de Karl Wendlinger e passou a ser o terceiro logo Damon Hill entrou na sua alça de mira e não demorou nada e mais um tinha ficado para trás e a sua frente estava o Professor Alain e esse chegou a esboçar alguma resistência na hora em que Senna foi atacá-lo, mas como já disse antes a chuva era a maior virtude de Senna e o maior defeito de Prost e não deu outra mais um carro ultrapassado e a liderança conquistada antes mesmo da volta ser completada e só podia terminar mesmo com a vitória e seria ainda melhor se Barrichello conseguisse terminar a prova (onde iria para o pódio não fosse a bomba de combustível falhar) ali Senna deu a prova definitiva que era um piloto que não podia ter o melhor carro, mas tinha braço e vontade nesse ano mais três vitórias: em Mônaco (a sexta passando Graham Hiil pai de Damon) que lhe rendeu mais um apelido: Rei de Mônaco, Japão (onde tinha uma popularidade semelhante a que tinha aqui, mas ela foi sobrepujada por ele ter ido aos boxes da Jordan dar um soco no estreante Eddie Irvine que fechou a porta para ele durante a corrida e Austrália (onde conquistou a pole de forma inusitada e inesperada): ele tinha pouco combustível e a equipe tentou via rádio avisá-lo, porém o rádio estava com estática e ele não escutava, quando passou para abrir a volta a equipe sinalizou para que ele diminuísse o ritmo e tentou de novo no rádio avisar e novamente a estática impediu e quando fechou a volta a pole foi cravada (seria sua única em toda temporada) após voltar aos boxes nem ele mesmo ao ver na televisão acreditou que tinha conseguido tal façanha e no dia da corrida ele venceu a sua última corrida na McLaren, mas o que ele não esperava era que seria a sua última vitória na sua carreira, mas mais do que isso foi o abraço do seu agora ex-rival Alain Prost no parque fechado após a corrida no campeonato ele é vice, mas pouco importava isso aquela altura


O fim de uma rivalidade 



Senna fecha com a Williams e finalmente chega aonde queria estar há tempos, mas também é o fim da suspensão ativa, do freio ABS e de componentes eletrônicos mas o ano de 1994 prometia tanto nas pistas quanto nos gramados de futebol: Senna lutava pelo tetra na Fórmula 1 e a seleção brasileira pelo tetra na copa do mundo.

GP do Brasil: Senna faz a pole e tudo parecia se desenhar para uma grande vitória, mas perde a liderança quando vai para reabastecer e Schumacher assume a ponta na volta 21 e na 55 (total de 71) Senna tentado recuperar roda no mergulho e sai da corrida Schumacher vence e faz 10x0 (na época o vencedor somava 10 pontos o segundo 6 o terceiro 4 o quarto 3 o quinto 2 e o sexto apenas 1) 

GP do Pacífico: O mesmo roteiro, Senna faz a pole, mas na largada se enrosca com Mika Hakkinen da McLaren-Peugeot e Nicola Larini da Ferrari bate em sua traseira já fora da pista estraga a suspensão e outra vez fim de prova Schumacher vence de novo 20x0 para o alemão como "consolo" Barrichello sobe ao pódio pela primeira vez com o terceiro lugar

GP de San Marino: Senna vai para Imola sob pressão tinha feito três poles, mas não tinha completado uma só corrida naquele ano críticas ao carro e questionamentos dentro de si povoavam seu mundo o que ele não imaginava é que aquele seria o último fim de semana de sua vida 

Sexta-Feira 29 de Abril de 1994: Rubens Barrichello da Jordan-Hart perde o controle do seu carro e capota , Senna pula cerca para tentar buscar notícias do amigo e começa a se preocupar com a segurança do autódromo

Sábado 30 de Abril de 1994: o austríaco Roland Ratzenberger da Simtek-Ford perde o controle do seu carro e bate na curva Villeneuve é retirado desacordado e horas depois é declarado morto o clima pesa e sua pole (que viria ser a sua última da vida e carreira) fica em vigésimo-sétimo plano é quando ele resolve se manifestar de maneira mais aberta por mais segurança na Fórmula 1 (algo pelo qual há anos brigava), a batida e posterior morte de Ratzenberger o abala profundamente e se instaura a dúvida particular: correr e se arriscar a algo pior (incluindo a morte) ou não correr e correr o risco de Schumacher fazer 30x0 e praticamente dar adeus ao tetra?!? 

A decisão tomada é: correr e em caso de vitória homenagear o colega morto.

Domingo 1º de Maio de 1994: Galvão Bueno antes da largada visivelmente tenso diz que o que todos queriam era que fosse uma corrida normal como qualquer outra, é Galvão, mas faltou combinar isso com a Bruxa que pousou de vassoura e tudo naquele fim de semana.

Na largada uma batida impressionante os pilotos envolvidos: J.J Lehto da Finlândia da Benetton-Ford e Pedro Lamy de Portugal da Lotus-Mugen a batida é tão medonha que um pneu passou a cerca que separa a pista da arquibancada ferindo várias pessoas e isso força a entrada do Safety Car durante três voltas na quinta Senna abre a volta e logo o que todos talvez pudessem imaginar, mas jamais admitir acontece:




O que todos mais temiam acontece


Senna na curva Tamburello (onde por uma infeliz coincidência em 1º de maio de 1987 Nelson Piquet também bate e em 1989 seu amigo Gerhard Berger bate feio) vai reto e encontra na sua frente um muro de concreto a batida é tão forte que o aerófilo se parte transformando-se em lança e por várias vezes perfura seu capacete o atingindo-o o país é tomado pelo pânico e pela angústia ele ainda mexe a cabeça (o que dá esperanças para seu amigo Galvão Bueno que transmitia a prova na Rede Globo), mas é só um espasmo provocado  pelo dano cerebral ele é levado de Helicóptero ao hospital Maggiore na vizinha Bolonha a corrida vencida por Michael Schumacher fica em segundo plano e o país reza numa grande corrente de fé pela recuperação do piloto, mas ás 13:42 (horário de Brasília 18:42 horário local) enquanto a Rede Globo exibia o filme: Quero Ser Grande na Temperatura Máxima acontece o que todos temiam e então ela pára o filme e Roberto Cabrini entra no ar para dar aquela notícia que ninguém queria ouvir:

A notícia que fez o Brasil entrar em choro convulsivo

Após a notícia que crispou de dor todo um país o seu funeral é transmitido por todas as emissoras do país o cortejo levou várias pessoas as ruas de São Paulo morria o piloto nascia o mito


As mulheres de Senna

Como disse na ficha Senna era divorciado ele foi casado com a artista plástica Lilian Vasconcelos (eles eram amigos de infância) se casaram em 1981 quando ele foi para a Inglaterra correr na Fórmula Ford 1600, mas a união durou pouco (oito meses) 

Depois dela ele namorou Adriane Yamin que era herdeira da empresa fabricante de chuveiros Corona (esse relacionamento começou após o divórcio dele quando a eleita tinha apenas 15 anos sendo muito comentado por conta de ela ser uma adolescente e ele um homem feito) ele durou até o fim de 1988 (ano em que foi campeão pela primeira vez na Fórmula 1)

De 1990 a 1991 ele namorou uma carioca (Cristine Ferracciu) 

Mas seu relacionamento mais lembrado é com a "Rainha dos Baixinhos" Xuxa Meneghel tiveram um relacionamento curto, mas intenso e muito agitado 

Em 1993 após sua vitória no GP do Brasil ele iniciou um relacionamento com a então desconhecida Adriane Galisteu ele chegou a dizer que tinha conhecido a mulher de sua vida em entrevistas, mas o que mais chamou a atenção foi o fato de seu pai Milton não aprovar o namoro por acreditar que ela era uma golpista e quando no funeral a família acolheu Xuxa que nada mais tinha com ele do que Adriane que era a namorada (na época se dizia que Xuxa era a viúva e Adriane namoradinha)


O Nome Senna


Apesar de 23 passados passados de sua morte seu nome segue muito vivo na cabeça e imaginário do povo brasileiro

Um fato muito interessante é que se você hoje perguntar a um jovem quem ele é ele dirá que o conhece mesmo sem nunca ter visto isso se deve porque os pais contam aos filhos sobre quem ele era

Senna virou ídolo pois quando corria o Brasil vivia uma situação econômica delicada (hiperinflação, muita desigualdade social) e ele era o brasileiro terceiro mundista que ganhava dos europeus muito melhores em um esporte altamente tecnológico e o seu país era muito atrasado 

Hoje as crianças nas escolas aprendem que ele foi mais do que um piloto foi um herói 


Melhor Piloto da história

Em 2012 em uma eleição da BBC (feita entre os pilotos atuais) Senna foi eleito o melhor e não é difícil saber o porque


Bom assim sendo encerro esse post especial e até uma próxima








domingo, 19 de fevereiro de 2017

Massa e Barrichello os injustiçados Parte II

Fala pessoal, vamos hoje a segunda e última parte do post anterior sobre Felipe Massa e Rubens Barrichello dois pilotos competentíssimos, mas que não são unanimidade entre os brasileiros que acompanham a Fórmula 1 e hoje vamos tratar da segunda vítima da torcida brasileira 


Bom de braço, mas azarado na mesma proporção esse é Felipe Massa

Nome Completo: Felipe Massa Bassi (nome de casado)

Data de Nascimento: 25/04/1981 

Local de Nascimento: São Paulo-SP (mas foi criado na cidade de Botucatu interior paulista)

Na Fórmula 1: 2002 e desde 2004 

Equipes na Fórmula 1: 3 (Sauber-Petronas (2002 e 2004-05) Scuderia Ferrari (2006-2013) e Williams Martini Racing (desde 2014) 

Vitórias: 11 

1-Petrol Ofisi Turkish Grand Prix (GP da Turquia) (Istanbul)  2006

2- Grande Prêmio do Brasil (Interlagos) 2006

3-Gulf Air Bahrain Grand Prix (GP do Bahrein) (Sakhir) 2007

4-Gran Premio de España Telefónica (GP da Espanha) (Barcelona) 2007

5-Petrol Ofisi Turkish Grand Prix (GP da Turquia) (Istanbul) 2007

6-Gulf Air Bahrain Grand Prix (GP do Bahrain) (Sahkir) 2008

7-Turkish Grand Prix (GP da Turquia) (Istanbul) 2008

8-France Grand Prix (GP da França) (Magny-Cours) 2008

9-Grand Prix of Europe (GP da Europa) (Circuito de Rua de Valência) 2008

10-Belgian Grand Prix (GP da Bélgica) (Spa-Francochamps) 2008*

11-Grande Prêmio do Brasil (Interlagos) 2008

*Venceu após punição do vencedor da prova 


Felipe tinha a velocidade desde o berço seu pai Antônio (Titônio) correu em categorias de automóveis no Brasil e o filho seguiu seus passos e ele começou no Kart e foi galgando os andares para chegar na Fórmula 1 e em 2002 a hora dele chegou ele foi contratado pela Sauber então uma equipe emergente

Primeira equipe a gente nunca esquece


Lá ele fez seu aprendizado e no primeiro ano terminou na 13ª posição no campeonato com 4 pontos bom para um principiante em 2003 não conseguiu espaço no grid e foi ser piloto de testes na Ferrari para depois retornar a própria Sauber em 2004 onde termina o campeonato em 12º com 12 pontos (até então sua melhor posição na carreira) em 2005 com um carro já não tão bom ele termina 13º com 11 pontos e com a abertura das vagas na Ferrari no fim de 2005 (Schumacher se aposenta pela primeira vez e Barrichello ruma para a BAR) Felipe é contratado pela equipe de Maranello para temporada de 2006 (tendo ao seu lado Kimi Raikkonen) 


Chegando numa equipe de ponta em tempo recorde

Logo na quinta corrida pela Ferrari foi ao pódio em Nurburgring no GP da Europa quando terminou em 3º sua vitória não tardaria a vir ela veio no GP da Turquia (com direito a sua primeira pole na carreira) 

Quantos risos, oh quanta alegria primeira vitória acompanhada da primeira pole para dar um sabor ainda mais especial

Mas o melhor estava por vir no GP do Brasil ele vestiu (com a devida autorização da equipe) um macacão estilizado com a bandeira brasileira e aquilo deu sorte! no treino pole position e na corrida um grande show e enfim estava quebrado o jejum de vitórias brasileiras no GP da casa (a última fora em 1993 com Ayrton Senna) 

Uma vitória que nunca será esquecida


Naquele dia Felipe se credenciou a acabar com o jejum de títulos que perdurava desde 1991 e 2006 terminaria pra ele com um 3º lugar com 80 pontos (superando 2004 como seu melhor campeonato) já em 2007 algumas coisas não ocorreram como o esperado e ele terminou em 4º lugar com 94 pontos no GP do Brasil fez a pole, mas teve que abrir caminho para seu companheiro Raikkonen vencer a corrida e ser campeão da temporada

As coisas em 2008 não começaram bem para Massa dois abandonos (na Malásia segunda corrida da temporada chegou a marcar a pole) e um princípio de crise, mas ele logo se recuperou ao vencer no Bahrain e depois na Turquia (sendo a terceira seguida lá assim como sua pole) e chegou ao seu ponto alto no GP da França quando passou Raikkonen e venceu a corrida e mais do que isso colocava o Brasil de volta a liderança do campeonato algo que não acontecia desde 1993 com Senna 


 A empolgação de quem fazia o Brasil voltar a ponta na Fórmula 1


Tudo parecia caminhar bem, mas aí a Ferrari desembestou a fazer uma burrada atrás da outra apesar disso teve mais uma vitória no GP da Europa (realizado em Valencia) e uma outra que veio de lambuja no GP da Bélgica (Lewis Hamilton tinha vencido, mas os comissários o puniram com uma passagem no box por cortar uma zebra como a corrida tinha terminado ele teve 25 segundos acrescidos do seu tempo total) e depois de um distante 6º lugar em Monza no GP da Itália ele tinha a chance de ouro no GP de Cingapura (a primeira corrida noturna da história da Fórmula 1), mas lá aconteceu uma burrada que iria fazer a diferença mais tarde 


Um erro que custou caro


A Ferrari tinha um sinalizador eletrônico para liberar seus carros após o pit stop (o pirulito era o mais usado e a Ferrari foi umas das primeiras a usar o acionamento eletrônico) porém a pessoa que manejava o sistema liberou o carro quando a mangueira ainda estava injetando combustível e a cena é no mínimo patética 

Nem Galvão Bueno acreditou 


aquilo o prejudicou de sobre maneira (ele terminou a corrida em 13º lugar não somando pontos) tivesse a vencido ele passaria Hamilton no campeonato então fomos para as três últimas provas do campeonato (Japão, China e Brasil) no Japão ficou em 7º (ao passo que Hamilton foi só o 12º) na China 2º (Hamilton venceu a prova) e chegou a última corrida em Interlagos Felipe faz pole e uma corrida perfeita vencendo-a, mas na última curva...

A alegria de ser campeão...

... Que logo se transformou em decepção amarga


...Timo Glock da Toyota não impede a ultrapassagem de Hamilton (que estava em 6º e fazendo Massa ser campeão no número de vitórias) e ele termina em 5º somando 98 pontos contra 97 de Massa que amarga o vice e no pódio não segura as lágrimas (misto de emoção por ter feito sua parte vencendo a corrida e tristeza por ter visto o titulo se esvair de suas mãos tão rapidamente quanto ele campeão)


Ele trocaria tudo isso pelo titulo mundial


Em 2009 a coisa ficou preta uma Ferrari ruim fez Felipe se bater e chega a corrida que mudou para sempre sua carreira


Uma mola que se soltou da Brawn de Barrichello atinge Felipe e muda o curso de uma carreira

Prometi falar sobre isso no post sobre o Rubinho no fim do Q2 (o treino é dividido em três partes Q1, Q2 e Q3) (o Q3 é chamado de Super Pole porque há 10 carros lutando para largar na posição de honra) Felipe fazia seu tempo e uma mola da suspensão de Rubens se soltou e essa mola atingiu Massa que perdeu os sentidos e bateu no muro 

Uma imagem forte, mas ele seguiu para contar história


Com isso a temporada acabou para ele e ele só voltaria em 2010 (nessa ele somou apenas 22 pontos ficando apenas em 11º lugar)


Chegou 2010 e enfim ele parecia estar recuperado do acidente no GP da Alemanha estava na frente, mas o rádio da equipe dá uma ordem ele a acata e isso faz a torcida brasileira então benevolente a ele se virar da mesma forma como se virou com Barrichello em 2002 

Nem Luis Roberto nem Luciano Burti conseguiram disfarçar a raiva com essa ordem estúpida


E foi aí que a carreira de Felipe mudou de rumo ele seguiria mais quatro anos na Ferrari, mas sem o mesmo brilho e a torcida que o admirava passou a ofendê-lo ainda que em grau menor comparado a Barrichello em 2014 ele vai apara a Williams em busca de novos ares e logo no primeiro ano faz pole no GP da Áustria, mas fica nisso 2015 erros da equipe e um carro impossível de guiar o faz ficar longe do topo e em 2016 já na reta final anuncia a sua saída da Fórmula 1

A tristeza de quem não conseguiu acabar com o jejum de títulos na F1


No GP do Brasil ele muda o aerofólio do seu carro com a inscrição OBRIGADO a corrida para ele termina após bater na entrada da reta e aí é o momento da forte emoção 


O choro de quem decidiu sair para não marcar passo e por não conseguir dar uma alegria a torcida

Quando ele vai retornando aos boxes todas as equipes aplaudem-o até ele chegar ao seu box da Williams (mais ainda a Ferrari por onde esteve tanto tempo ) e na corrida seguinte (GP da Abu Dhabi) ele foi o 9º "encerrando" a sua carreira na Fórmula 1

Eis que alguns dias depois acontece algo inesperado o campeão da temporada Nico Rosberg anuncia sua aposentadoria


Esperto é o Rosberg que se aposenta logo após ser campeão para sair por cima


Isso mexe com a Fórmula 1 a Mercedes tem que se reprogramar para 2017 (Rosberg já tinha inclusive renovado contrato com ela antes de decidir meio que de supetão se aposentar) e o escolhido é Valtteri Bottas que era companheiro de Felipe na Williams e ela que tinha anunciado o canadense Lance Stroll para substituir o brasileiro teve que voltar a investir em Felipe com um argumento forte: por conta do seu patrocinador (Martini) Lance teve seu anúncio adiado por ainda não ter 18 anos completos e como em alguns países a proibição se estende a menores de 21 anos ela teve que chamar Felipe de volta e ele aceitou 

 Para a alegria de uns e tristeza de outros


E assim termina a série de dois pilotos que de uma forma ou de outra estiveram sempre ligados um ao outro com a diferença que Massa não teve a mesma pressão sofrida por Rubinho para ser o novo herói das manhãs de Domingo, mas ainda assim a torcida vai insistir em malhar os dois, mas a história fará a justiça por eles então ficamos por aqui até a próxima pessoal!!!!



sábado, 11 de fevereiro de 2017

Massa e Barrichello os injustiçados Parte I

Fala pessoal depois um período de descanso volto a postar aqui no meu blog e meu primeiro post vai falar sobre dois pilotos que embora brasileiros não são unanimidade entre os que acompanham a Fórmula 1 (por ficar muito extenso dividi em duas partes)



Felipe Massa um piloto de talento, mas azarado



Rubens Barrichello você pode amá-lo ou possuir um ódio mortal, mas jamais você ficará indiferente a ele (a maior vítima da caçada brasileira na F1 pós-Senna)


Depois da morte do inigualável Ayrton Senna no fatídico GP de San Marino no Autódromo Enzo e Dino Ferrari em 1º de Maio de 1994 a torcida brasileira ficou órfã de um ídolo na categoria mais importante do automobilismo mundial e então começou uma caça (que eu acho completamente utópico, pois não vai existir outro Ayrton Senna) para ver qual brasileiro voltaria a vencer corridas e o campeonato mundial da categoria 
Ayrton Senna mais que um piloto, um verdadeiro MITO, mas responsável por mal acostumar a torcida brasileira



Vamos começar pela primeira vítima da torcida brasileira lá vai sua ficha completa:

Nome Completo: Rubens Gonçalves Barrichello 

Apelido: Rubinho já que seu pai também se chama Rubens

Data de Nascimento: 23/05/1972 (nasceu no dia do aniversário de seu pai o que lhe seria de grande valia quando começou a correr na Europa)

Na Fórmula 1: 19 anos (1993-2011) 

Equipes que correu: Jordan Grand Prix (1993-1996), Stewart Grand Prix (1997-1999), Scuderia Ferrari (2000-2005), Honda Racing F1 Team (2006-2008), Brawn GP (2009) e WilliamsF1 (2010-2011) 

Vitórias na categoria: 11 

1-GP da Alemanha de 2000 (Hochkenheim)

2-GP da Europa de 2002 (Nurburgring)

3-GP da Hungria de 2002 (Hungaroring)

4-GP da Itália de 2002 (Monza) 

5-GP dos Estados Unidos de 2002 (Indianapolis)

6-GP da Inglaterra de 2003 (Silverstone)

7-GP do Japão de 2003 (Suzuka) 

8-GP da Itália de 2004 (Monza)

9-GP da China de 2004 (Shangai)

10-GP da Europa de 2009 (Circuito de rua de Valência) (a 100ª vitória brasileira na Fórmula 1)

11-GP da Itália de 2009 (a última vitória brasileira na Fórmula 1 até o momento)

Barrichello começou como a maioria dos pilotos no Kart (foi pentacampeão brasileiro e sendo na sua época o piloto a ser batido) logo ele foi para a Europa e lá venceu o campeonato inglês de Fórmula 3 ao vencer David Coulthard (sob olhares furibundos dos ingleses) depois seguiu para a Fórmula 3000 (última etapa antes da F1 e substituída hoje pela GP2) 

Podia não ser o carro mais vistoso, mas Rubinho soube tirar muito bem o que o carro podia dar 


Logo na sua terceira corrida na Fórmula 1 no Circuito de Donington Park assombrou a todos saindo de 12º lugar na largada e indo ao 4º ainda na primeira volta da corrida (ao passo que Ayrton Senna nessa prova saiu de 4º para a liderança e posterior vitória no que é até hoje considerado a volta perfeita) teria tudo para chegar em 3º e fazer companhia ao amigo e ídolo Ayrton no pódio só que a bomba de combustível o traiu a seis voltas do final e ele ficou a pé, mas deixou claro que ali tinha um piloto com um enorme potencial pela frente ainda naquele campeonato no GP do Japão somaria dois pontos (seus primeiros na categoria) com o seu 5º lugar terminado o campeonato em 18º lugar

Em 1994 logo na segunda corrida do campeonato no Circuito Internacional de Aída no GP do Pacífico conseguiu o seu primeiro pódio com terceiro lugar , mas veio o GP de San Marino que mudaria para sempre a vida de Rubinho categoria 


Na Sexta Rubinho e no Domingo Ayrton um por seis minutos esteve morto por seis minutos (sufocado pela própria língua) o outro faleceu quase que instantaneamente 

Na época a Fórmula tinha dois treinos oficiais um de sexta (que a parte da manhã era destinada a pré qualificação na qual carros mais lentos ficavam de fora para não funcionarem como uma espécie de zebras ambulantes) e o de sábado que servia para de fato definir as posições no grid na sexta pela manhã Rubens na sua volta rápida perdeu o controle na Variante Baixa (Variante Bassa) e a zebra serviu de rampa para que ele voasse na proteção de pneus com muita violência muitos se assustaram, pois a batida foi bem feia ele foi levado ao ambulatório, mas foi um grande susto apesar do impacto forte ele foi impedido pela equipe médica de correr no Domingo e de casa na Inglaterra viu seu ídolo e amigo perder a vida restou a ele duas coisas: carregar o caixão de Senna (Barrichello em entrevista a Téo José diz não se recordar por ter tido amnesia temporária por conta do seu acidente) e as esperanças brasileiras de ver um piloto brasuca voltar ao alto do pódio na Fórmula 1


Mas as coisas não caminhavam como deveria para Rubinho ele ainda em 94 seria pole na Bélgica fazendo o tempo antes de cair uma tempestade e ver do box as frustradas tentativas dos rivais de bater seu tempo (seria a primeira da sua carreira) e terminaria aquela temporada na 6ª posição do campeonato com 19 pontos

No ano de 1995 a Jordan faz mudanças uma delas é a troca dos motores Hart para os Peugeot que ao ver sua rival Renault fazer sucesso na categoria resolve entrar na dança, mas enquanto a Renault fazia a festa na frente vendo Benetton e Williams vencerem corridas a Jordan se bate com um carro inferior e o único alento é o GP do Canadá quando acontece muitas surpresas (Hill tendo problemas e parando, Schumacher liderando com folga quase abandonado com problemas) no fim quem fez a festa foi a Ferrari ao ver Jean Alesi (minha inspiração como já disse em outro post) vencer a corrida (sua única vitória na F1) e Rubinho conseguindo até então seu melhor resultado na Fórmula 1, um 2º lugar á frente de seu companheiro Eddie Irvine que fechou o pódio 

Quem poderia prever esse pódio?!? talvez ninguém, mas Barrichello marcou sua presença e vejam a felicidade de um extasiado Alesi 


Depois dessa corrida o máximo que Rubinho conseguiu foi um 4º no GP da Europa encerrando o ano numa pálida 11ª posição com 11 pontos  e é nesse ano que as cobranças vem fortes primeiro por no GP do Brasil em Interlagos (prova de abertura) ele fazer uma homenagem a Senna com um capacete estilizado (anos depois ele reconheceu que aquilo foi um erro) e também por especular nas entrevistas sobre suas chances nas corridas (que nem sempre se concretizavam pelo fato do carro ser muito ruim) 

Chegou 1996 e ele seguiu na Jordan novamente no GP do Brasil ele levanta a galera quando no treino alinha em 2º lugar o que era um grande feito com um carro melhor que no ano anterior, mas ainda limitado, mas na corrida as coisas não andam como o planejado ele parte para uma estratégia bem agressiva (aproveitando a chuva que caiu em parte da corrida em especial no começo) quando por duas vezes tenta ultrapassar Jean Alesi (que trocara a Ferrari pela Benetton), mas ser agressivo logo com ele Jean Alesi não ia dar certo e não deu mesmo nas duas Alesi mais tarimbado leva vantagem, mas o pior estava por vir quando já na parte final da corrida ele estava em 4º tenta beliscar um pódio para isso tinha que ultrapassar ninguém mais ninguém menos que Michael Schumacher que naquela temporada estreava na Ferrari e ele arrisca tudo e perde tudo quando atrasa a freada na subida do lago acaba indo pra terra e a prova termina ali e começava o festival de críticas (com Nelson Piquet puxando o coro) naquele campeonato ele soma 14 pontos e termina numa razoável 8ª posição e assim termina seu ciclo na Jordan ele recebe uma proposta de Jackie Stewart para pilotar na sua equipe e ele aceita 

Em 1997 com um carro em desenvolvimento ele consegue resultados até expressivos para uma equipe do porte da sua  (estão incluídos uma largada em 4º na Argentina e uma 3ª posição de largada no Canadá), mas é em Mônaco que ele consegue naquele ano o seu melhor resultado debaixo de muita chuva (a corrida termina com 62 voltas das 78 previstas pois passaria do limite de duas horas de prova) ele consegue um segundo lugar completamente inesperado ali ele marcava seu ressurgimento depois de anos sofrendo com carros limitados ele fez uma corrida de gente grande só não dava pra vencer pois seu carro empalidecia diante da Ferrari de Schumy, mas apesar de ter feito boas corridas em Mônaco é a única vez que ele pontua no ano terminando assim em 13º lugar com os seis pontos daquele 2º lugar de Mônaco 

Parecia até que ele tinha vencido a corrida

O ano de 1998 em contra partida é um ano pra ele riscar do calendário um carro horrível somando apenas 4 pontos (2 na Espanha e outros 2 no Canadá) ele termina numa distante 12ª posição no campeonato apesar disso ele volta ao radar das grandes equipes e muitos davam como questão de tempo ele estar finalmente numa equipe de ponta 

Em 1999 tudo mudou e para melhor a Stewart fez um carro ótimo e ele fez corridas memoráveis como no Brasil quando por 22 voltas sentiu o gostinho de andar na frente (a corrida acabaria quando seu motor abriu o bico) ele conseguiu três pódios com três terceiros lugares em San Marino (pista em que ele quase perdeu a vida, França em que ele fez a sua segunda pole na carreira e deu um show a parte na chuva com direito a X em cima de Schumacher numa Ferrari depois Rubens declararia que jamais esteve tão perto de vencer uma corrida e na Europa) ele terminou aquele campeonato numa excelente 7ª posição com exatos 21 pontos e finalmente tem seu talento reconhecido naquele ano fecha com a Ferrari para a temporada seguinte finalmente havia chegado a hora de ele poder vencer na Fórmula 1 ou ficar mais próximo desse objetivo que o norteava desde que chegou)

Em 2000 chegou a hora de Barrichello mostrar o seu talento em um carro que era só sentar e dirigir e eis que o dia que ele mais esperava chegou

O choro de um piloto que enfim alcançou o objetivo de uma vida 


Hochenheinring, Alemanha, Domingo 30/07/2000 um domingo cinzento com cara de chuva Rubens acordou naquele dia ainda remoendo a 18ª posição na largada quando a corrida começa Schumacher e Giancarlo Fisichella se estrepam na primeira curva e abandonam a prova lá trás Rubinho passa Frentzen e assume a 17ª posição depois Button, logo em seguida Mika Salo depois Ralf Schumacher (irmão de Michael) e na volta 3 era o 10º na 5 o 8º e seguia fazendo a sua corrida na volta 7 ele já era o 6º (fechando a zona de pontuação) e continuou a sua saga e aí a corrida ganhou contornos pitorescos e emocionantes na volta 25 (total de 45) um funcionário da fábrica da Mercedes-Benz na cidade francesa de Le Mans  que havia sido demitido por problemas de saúde entra na pista para protestar contra sua demissão   carregando um cartaz em suas costas os comissários levam três voltas para pegar o maluco (porque outro nome não posso dar a uma pessoa que fora do seu juízo perfeito resolve entrar no meio de uma pista de corrida correndo riscos elevadíssimos de ser atropelado por um carro a mais de 300 Km/h e morrer) (tempo que o Safety Car entrou na pista) e na volta 30 ele voltou porque Alesi e Pedro Paulo Diniz bateram na curva 1 (a Curva Norte Nord Kurve em alemão) espalhando destroços em lugares perigosos na volta 33 finalmente ela chega a chuva os pilotos vão parando, mas Barrichello toma uma decisão que envolvia todo o tipo de risco ficar na pista com pneus para tempo seco e ele prova estar certo até que finalmente ao fim da volta 45 (a última ele vai para perto da sua equipe e vê a bandeira quadriculada balançar a sua frente simbolizando o fim da corrida e a sua primeira vitória na Fórmula 1 quebrando um jejum de 7 anos sem que o Brasil vencesse uma corrida de Fórmula 1) ( a última fora com Ayrton Senna no GP da Austrália em 1993) ele depois diria em sua página na internet que na última volta um filme passou pela sua cabeça desde quando ele estava no kart passando por todas as dificuldades que encontrou na sua carreira e aquilo o fez desabar em lágrimas, mas eram lágrimas de felicidade lágrimas de quem enfim conseguia provar que podia ser um vencedor e essa comoção segui-se até o pódio (com direito a uma festa maior do que habitual por parte da Ferrari) naquele ano ele terminaria com 62 pontos em um magnífico 4º lugar


Em 2001 passou em branco e uma pequena polêmica no GP da Áustria quando estava em 2º e cedeu lugar a Schumacher que vinha atrás em plena reta de chegada apesar disso lutou até a última corrida para ser o vice-campeão, mas perdeu para seu rival na Fórmula 3 Inglesa David Coulthard na última corrida em Suzuka no Japão quando terminou em 5º e Coulthard em 3º

Mas foi em 2002 que  Barrichello passou por sua maior provação na Fórmula 1 e o GP da Áustria marcou-o para sempre pelo lado negativo

Um gesto que será eternamente lembrado pela falta de esportividade


Barrichello liderou a prova quase todo o tempo quando chegou na reta para receber sua bandeirada e vencer a sua segunda corrida na Fórmula 1 uma ordem da Ferrari o fez dar passagem a Schumacher que vinha atrás e venceu a corrida a torcida que marcou presença repudiou a atitude e na hora do pódio soltou uma grandiloquente vaia para a Ferrari (que teve sua imagem arranhada por essa atitude e assim fazendo surgir um anti-ferrarismo bem forte) para Rubinho sobrou a fama de piloto covarde (embora ele em inúmeras entrevistas sobre o assunto ele sempre tenha dito que tenha chegado até a penúltima curva decidido a não dar passagem só mudando de ideia quando a equipe tocou na questão do contrato), mas nesse ano ele venceu corridas mais do que em qualquer ano e foram essas o GP da Europa, o GP da Hungria, o GP da Itália e o GP dos Estados Unidos quando ocorreu o inverso e ele terminou com o vice-campeonato que havia escapado no ano anterior 

Gentileza gera Gentileza


Em 2003 Rubinho teve um mau início de ano com uma série de abandonos, mas teve alegrias como ganhar em Silverstone após fazer a pole e no Japão em Suzuka quando ajudou Schumacher a ser hexacampeão mundial superando Juan Manuel Fangio que tinha cinco titúlos


Em 2004 aconteceu um fato curioso ele apesar de terminar com o vice-campeonato somou pontos que em anos anteriores o fariam ser campeão mundial com folga e se tornou o segundo piloto que mais somou pontos em uma temporada de Fórmula 1

Em 2005 uma temporada de resultados abaixo do esperado com uma Ferrari que se mostrou incrivelmente ruim fizeram Rubinho enfim deixar a equipe italiana em busca de novos ares e ele assinou com a BAR que viraria Honda no ano seguinte


Em 2006 fez sua temporada de adaptação na nova equipe terminado o campeonato com 30 pontos na razoável 7ª  posição 

Em 2007 com um carro sofrível pouco pôde fazer para não evitar a sua pior temporada na Fórmula 1 (que felizmente não mais se repetiu) se em 2004 ele foi o segundo maior pontuador em uma temporada em 2007 simplesmente não somou um mísero pontinho que fosse 

Em 2008 com um carro bem melhor do que no ano anterior conseguiu um surpreendente 3º lugar no chuvoso GP da Inglaterra em Silverstone e nesse mesmo ano conseguiu bater um recorde: o piloto com mais corridas feitas na história da Fórmula 1 superando Riccardo Patrese no fim do ano a Honda encerra suas atividades por conta da crise mundial e parecia ser o fim da linha para Rubinho, mas eis que surge Ross Brawn que era diretor da Honda compra a equipe e a transforma em Brawn GP e contrata Rubinho e Button para 2009

Em 2009 um começo não muito bom para Rubens, mas na metade da temporada a maré muda mas no GP da Hungria surge um "incidente" entre Barrichello e Massa no treino classificatório uma mola se solta do carro de Rubens que acerta Felipe que perde os sentidos e bate o carro, mas Massa depois se recupera trataremos sobre isso na parte II quando falarmos de Felipe Massa

Voltando a Rubens ele consegue uma importante vitória no GP da Europa por dois motivos 1-Ele começa a ter chance reais de vencer o campeonato mundial mesmo com desvantagem numérica 2-É a 100ª vitória brasileira na história da F-1  ele ainda venceria o GP da Itália (que por enquanto é a última vitória brasileira na categoria), mas fica sem o titulo após fazer a pole no GP do Brasil e ter problemas com um pneu furado e no GP de Abu Dhabi fica sem o vice ficando em 3º lugar no campeonato no ano seguinte segue para a Williams um sonho antigo que finalmente se concretiza

Na equipe inglesa ele fica duas temporadas (2010 e 2011 com resultados modestos já que sua equipe não possuía um equipamento a ponto de brigar por vitórias) em 2012 sem conseguir vaga em nenhuma equipe ele encerra sua história na Fórmula após 20 anos, 323 Corridas, 11 vitórias, 68 Pódios e 14 Poles 

Na segunda parte vamos tratar de Felipe Massa até a próxima pessoal